Projecto de produção de tomate de AgroGuni,EI




 Cordiais saudações caro irmão, com forme o combinado envio-lhe a informação concernente ao projecto especificamente parte produção da cultura de tomate, de  referir que mesma foi compilada com base em 17 manuais de produção de tomate de áreas subjacentes, tendo em consideração alguns factores essências tais como clima, estrutura e textura do solo, sistema ou método de irrigação.  
De salientar que esse documento liminta-se somente em plano de produção de hoticulas, especificamente a cultura de tomate.  
A informação compilada difunde a partir da descrição da cultura, mecanismo da  escolha do solo, processos de um desenvolvimento sustentável da cultura, controlo de pragas e doenças. Excluiu-se a parte de estratégias de colheita e comercialização onde ainda esta em processo de compilagem.   
Desde já agradecemos antecipadamente pela sua observação, de salientar que se pudesse avaliar criticamente de forma a ajudar no processo desenvolvimento ou na melhoria do plano.

Plano de Produção de Cultura de Tomate  

Plano de Produção de Cultura de Tomate


  

1. Tomate  

O tomate é uma planta anual, que pode atingir uma altura de mais de dois metros. A primeira colheita pode-se realizar 45-55 dias após a florescência, ou 90-120 dias depois da sementeira. A forma dos frutos difere conforme a cultivar (variedade cultivada). A cor dos frutos varia entre amarelo e vermelho. 

 

1.1 Descrição Botânica Do Tomateiro 

  

a)     Raizame: sistema radicular vigoroso com raiz axial que se desenvolve até atingir uma profundidade de 50 cm ou mais. A raiz principal produz um denso conjunto de raízes laterais e adventícias. 

 

b)     Caule: o seu porte varia entre erecto a prostrado. Cresce até atingir uma altura de 2-4 m. 

O  caule é sólido, áspero, peludo e glandular. 

 

Folhagem: folhas dispostas de forma helicoidal, com 15-50 cm de comprimento e 10-30 cm de largo. As folhas são de forma oval até oblonga, cobertas com pelos glandulares. Entre as folhas maiores encontram-se pequenas folhas pinadas. A inflorescência é de forma agrupada (cacho), produzindo 6-12 flores. O pecíolo tem um comprimento de 3-6 cm. 

a)     Flores: As flores são bissexuais, regulares e têm um diâmetro de 1,5 -2 cm. Desenvolvemse opostos ou entre as folhas. O tubo de cálice é curto e peludo, e as sépalas são persistentes.

No geral, há 6 pétalas com um comprimento que pode atingir 1 cm, de cor amarela e recurvas quando maduras. Há seis estames, e as anteras são de cor amarelas claras dispostas em redor do estilete provisto de uma ponta alongada estéril. O ovário tem uma posição superior e contém 2-9 compartimentos. Na maioria dos casos há autopolinização, mas em parte também há polinização cruzada. Os polinizadores mais importantes são as abelhas e os abelhões. 

 

b)     Fruto: uma baga carnosa, de forma globular a achatada e com 2-15 cm de diâmetro. O fruto não maduro é verde e peludo. A cor do fruto maduro varia entre amarelo, cordelaranja a vermelho. No geral, o fruto é redondo, com uma superfície lisa ou canelada. 

 

c)     Sementes: abundantes, com forma de rim ou de pêra. São peludas, de cor castanha clara, com 3-5 mm de comprimento e 2-4 mm de largura. O embrião está envolto no endosperma.

O  peso de 1000 sementes é, aproximadamente, de 2,5 – 3,5 g. 

  

               1.2 Vantagens de cultivo do tomate 

  

Ø  Trata-se duma cultura de legumes com um ciclo relativamente curto; 

Ø  Pode-se optar entre um período de produção curto ou prolongado; 

Ø  Pode-se cultivar como uma cultura arvense, não coberta, e como uma cultura protegida; 

Ø  Pode-se encaixar bem em diferentes sistemas de cultivo; 

Ø  Tem um valor económico elevado; 

Ø  Tem um teor de micronutrientes alto; 

Os frutos podem ser processados, secos e enlatados.

2. Requisitos para realizar um cultivo bem sucedido 

 

2.1 Clima e solo 

a. Temperatura e luz 

Por suas origens, o tomateiro cresce bem em condições de clima tropical de altitude e o subtropical, fresco e seco, com bastante luminosidade, Contudo, a planta tolera bem as variações dos fatores climáticos. 

No que diz respeito à temperatura, a faixa de 20 a 25 ˚C favorece a germinação, enquanto a de 18 a 25 ˚C ajuda o desenvolvimento vegetativo, Temperaturas noturnas altas também contribuem para o tomateiro crescer mais depressa. 

A floração e a frutificação são beneficiadas por temperaturas diurnas de 18 a 25 ˚C e noturnas de 13 a 24 ˚C, A permanência de temperaturas acima de 28 ˚C prejudica a firmeza e a cor dos frutos, que tendem a ficar amarelados, devido à inibição da síntese do licopeno e de outros pigmentos que lhes dão a coloração vermelha típica. 

 

2.2 Época de plantio 

Com base nessas referências climáticas, pode-se dizer que a melhor época de plantio do tomateiro é aquela que oferece as seguintes condições para todo o ciclo da planta: temperaturas médias variando de 18 °C a 25 °C, baixa umidade relativa do ar e baixo índice de chuvas por um período de 5 a 6 meses consecutivo. Outros fatores devem ser levados em conta para se determinar a melhor época de plantio: a localização da região, sua topografia e altitude, pois essas condições influem na variação das temperaturas e na distribuição das chuvas. 

O tomate requer um clima relativamente fresco, árido, para dar uma produção elevada de primeira qualidade. Contudo, esta planta adaptou- se a um amplo leque de condições climáticas, variando entre temperada a quente e húmida tropical. A temperatura óptima da maioria das variedades situase entre 21 a 24 °C. As plantas podem sobreviver certa amplitude de temperatura, mas abaixo de 10 °C e acima de 38 °C danificam-se os tecidos das mesmas.
 

Temperaturas requeridas para as diferentes fases de desenvolvimento do tomate  

Fases  

Mínima  

Amplitude  

Óptima  

Máxima  

Germinação de sementes 

11 

26-29 

34 

Desenvolvimento de plântulas 

18 

21-24 

32 

Frutificação 

18 

20-24 

30 

Desenvolvimento da coloração vermelha 

10 

20-24 

30 

 

 

2.3 Escolha da área 

Seleciona-se a área com antecedência de 4 a 5 meses do plantio. Preferem-se locais onde não haja solanáceas nativas, como a jurubeba, o juá e a maria-preta, e não tenham sido cultivados com berinjela, pimentão, jiló, fumo e batata, devido ao risco da presença de fungos e bactérias de solo transmissíveis ao tomateiro. Não havendo opção, admite-se o uso de área já cultivada com solanáceas, mas que estas não tenham sido as últimas a ocupar o local e principalmente não tenham havido problemas com infecção de fungos dos gêneros Fusarium, Verticillium, Sclerotinia e Sc/erotium ou de bactérias, como Pseudomonas, Xanthomonas, Erwinia, Corynebacterium e outras. A área escolhida deve também ser bem exposta ao sol, não estar sujeita a ventos fortes e não se situar em local que favoreça o acúmulo de ar frio ou de umidade. Convém lembrar que terreno com pequena declividade facilita a sua sistematização para a utilização da irrigação por sulco. É desejável ainda que tenha fácil drenagem.

 

2.4 Solo 

O tomate cresce bem na maioria dos solos minerais com uma capacidade apropriada de retenção de água, arejamento, e isentos de salinidade. A planta prefere solos franco-arenosos profundos, bem drenados. A camada superficial deve ser permeável. Uma espessura do solo de 15 até 20 cm é favorável para o desenvolvimento de uma cultura saudável. Caso se trate de solos argilosos pesados, uma lavoura profunda permite uma melhor penetração das raízes. 

O tomate é moderadamente tolerante a valores de pH de uma amplitude ampla (nível de acidez), mas desenvolve-se bem em solos com um pH= 5,5 – 6,8 com uma disponibilidade e abastecimento apropriados de nutrientes. A adição de matéria orgânica é, geralmente, favorável para um crescimento adequado. Os solos com um teor muito alto de matéria orgânica, como sejam terras turfosas, são menos apropriados devido à sua alta capacidade de retenção de água e as deficiências de nutrientes. 

 

2.5 Escolha de variedades  

Conforme as características do fruto, as variedades comerciais de tomate são classificadas em três grupos: santa cruz, salada e cereja. 

As cultivares do grupo santa cruz apresentam os frutos alongados ou arredondados, com 2 a 4 lóculos, e peso médio variando de 70 a 200 g. As do grupo salada têm frutos arredondados, achatados no ápice e na base, mais de quatro lóculos e peso médio variando de 200 a 400 g. Já as do grupo cereja exibem frutos pequenos, com 2 a 3 em de diâmetro, dois lóculos e polpa fina.  

Para escolher bem a variedade dentro de cada grupo levam-se em consideração outras características, como a resistência a doenças, a pragas, à podridão apical e à rachadura, a produtividade, a qualidade dos frutos, a capacidade de adaptação às condições locais de clima, a menor exigência de fertilizantes e o manejo da planta. 

 

 

As companhias fitogenéticas produziram os chamados híbridos F1 do tomate. Estes híbridos combinam rendimentos elevados, resistência a doenças e outras características de plantas e frutos. Quando se usam híbridos, dever-se-ão comprar novas sementes para cada estação, trazendo mais custos, mas a resistência a doenças implica uma redução do tratamento com pesticidas e, além disso, os maiores rendimentos dão a oportunidade de vender tomates no mercado. 

As variedades resistentes têm uma resistência incorporada, transmitida pelas sementes. A resistência a uma doença particular implica que para a planta referida é muito difícil até impossível de contrair a dita doença. 

Uma resistência pode ser o resultado de várias características da planta. Pode ser que as folhas estejam cobertas com uma alta densidade de pêlos de forma a que certos insectos não gostem de pousar na sua superfície. Algumas cores podem ser pouco atraentes para certos insectos. As ditas características são visíveis, mas a maioria das características que contribuem para a resistência a fungos e vírus não são visíveis. Nenhuma das variedades disponíveis no mercado é resistente. 

 

3. Preparação e plantio 

3.1 Preparação do terreno/Campo  

O campo será lavrado com o tractor de forma a prepará-lo para uma nova cultura. Desta maneira, melhora-se a estrutura e aumenta a capacidade de retenção de humidade. Em zonas onde a água constitue um factor limitante, a lavra do terreno aumenta também a conservação de água. A lavra do terreno depois da colheita da cultura anterior também melhora a estrutura do solo e a capacidade de retenção de humidade. Além disso, a exposição do solo ao sol ardente também ajuda a reduzir pragas e doenças transmitidas através do solo. 

NB: É necessário aplicar uma lavoura profunda para quebrar uma camada dura, impermeável do subsolo (calo de lavoura), remover as ervas daninhas e fazer com que o solo obtenha uma estrutura friável. Também estimula o crescimento das raízes (desenvolvimento radicular).

É, geralmente, necessário passar o rastelo duas vezes para aplanar o terreno, desfazendo os torrões e removendo os restos da cultura anterior. O tomate pode ser cultivado em canteiros levantados, cômoros ou sulcos, para facilitar a drenagem ou a rega, respectivamente. Apesar disto, mais de 60% das culturas é ainda cultivada com uso da rega por inundação. No campo do projecto irá se instalar o sistema de rega por sulcos, onde a separação entre as fileiras/sulcagens será de 0.75 metros. 

Qualquer solo presta-se à cultura do tomateiro, uma vez que se pode adequá-lo, quanto à fertilidade. Contudo, é melhor, o solo com boa textura e estrutura. Solos leves, ricos em matéria orgânica, baixo índice de acidez e alta fertilidade reduzem as exigências de correção e fertilização. 

Definida a área, retiram-se amostras de solo para a análise, que permitirá conhecer as suas condições químicas e estabelecer as necessidades de aplicação de calcário, matéria orgânicas e fertilizantes. 

As operações básicas de preparo do solo são feitas com antecedência de três meses do transplante: 

Limpeza da área - Retiram-se todos os materiais capazes de causar empecilho ao plantio. 

Calagem - Distribui-se em toda a área uniformemente metade da quantidade do calcário recomendado. 

Aração - Revolve-se a terra à profundidade de 25 a 30 em, para a incorporação do calcário nas camadas inferiores do solo. 

Calagem complementar – Distribui-se uniformemente em toda a área a outra metade da quantidade de calcário. 

Gradação - Passa-se a grade a uma profundidade de 15 a 20 cm, a fim de incorporar o calcário nas camadas superiores do solo e nivelar o terreno. Se na época do transplante a área estiver tomada por ervas invasoras, estas são eliminadas por meio de nova gradagem.

Sulcamento - Abrem-se os sulcos, com base nos princípios da conservação do solo, levando em consideração a textura, a estrutura e a topografia da área. Um pequeno declive facilita a irrigação. O espaçamento é de 1 m de centro a centro dos sulcos e a profundidade destes de 15 a 20 cm. Já o comprimento varia de acordo com o formato e a topografia da área, mas não deve passar de 50 m. 

A calagem se faz pelo menos três meses antes do transplante, tomando por base os resultados da análise. Solos com muito alumínio tóxico ou com pH abaixo de 5,5 necessitam ter corrigida sua acidez para 6,0 a 6,5. É preciso também atentar para os níveis de cálcio e magnésio, a fim de prevenir a ocorrência de deficiência desses elementos durante o desenvolvimento da planta. 

A matéria orgânica melhora as condições gerais do solo. Normalmente, aplicam-se por hectare de 30 a 40 t de esterco de gado ou de 10 a 15 t de esterco de galinha poedeira. O esterco de gado não deve provir de pastagens que tenham sido tratadas com herbicidas. A matéria orgânica é distribuída e incorporada uniformemente ao longo do sulco, 7 a 10 dias antes do transplante. 

Todos os macro e micronutrientes são importantes para o tomateiro, mas alguns deles têm influência direta na produtividade e qualidade dos frutos. O fósforo é o elemento que mais limita a produção e o potássio influi na firmeza e na qualidade do tomate. A deficiência de cálcio também compromete a qualidade do produto, que não se presta ao comércio.  

Qualquer que seja o nível de fertilidade, aplicar 50 kg por hectare de N, 10 kg de bórax e 10 kg de sulfato de zinco. No caso de se ter colocado esterco de galinha na quantidade anteriormente indicada, não aplicar nitrogênio e reduzir a dose de fósforo (P,Os ) de um terço à metade. O adubo mineral deve ser distribuído e incorporado uniformemente ao longo do sulco, nas vésperas do transplante.

3.2 Produção de Mudas 

Normalmente, os tomates são repicados, visto que se obtêm resultados muito melhores quando as plântulas são cultivadas num viveiro. Pode-se usar dois métodos para cultivar as plântulas em viveiros: 

Ø  Sementeira numa cama de sementes; 

Ø  Sementeira num tabuleiro de plântulas.  

Desta maneira, as quantidades de sementes necessárias são mais reduzidas; as plântulas podem ser selecionadas antes do seu transplante para o campo, com base no seu desenvolvimento e na sua saúde; podem ser bem protegidas e o espaçamento de plantio é mais regular do que depois da sementeira directa no campo. Sementeiras e canteiros devem ter 1 m de largura, 25 cm de altura, variando o comprimento de acordo com as necessidades. Deixar um espaço de 30 a 40 cm entre eles para servir de caminho. Aplicar de 15 a 20! de esterco de curral ou de 5 a 7! de esterco de galinha e mais 150 a 200 g da fórmula 4-14-8 ou similar por metro quadrado. Esses materiais devem ser muito bem incorporados ao solo. Faz-se a semeadura, em sulcos de 1 cm de profundidade, distanciados 10 cm um do outro. Quando as mudas tiverem duas folhas definitivas faz-se a repicagem para o canteiro, no espaçamento de 10 cm x 5 cm. Em todos os sistemas, as mudas devem ser irrigadas com frequência durante o período de crescimento até o transplante, que vai de 20 a 30 dias. 

3.2.1 Preparação do viveiro 

A cama de sementes deve ter uma largura de 60 - 120 cm e uma altura de 20-25 cm. O seu comprimento depende da quantidade desejada de plântulas. Devem-se remover torrões e restolhos. Acrescentar estrume de estábulo, bem decomposto, e areia fina. Fazer com que a cama de sementes obtenha uma estrutura friável. A fim de cultivar uma quantidade de plantas que seja suficiente para um hectar, dever-se-ão semear 150-200 g de sementes em 250 m2 de camas de sementes. Traçar linhas, a uma distância de 10-15 cm, ao longo do comprimento da cama de sementes. Semear as sementes ralamente nas linhas e pressionar ligeiramente. Cobrir as sementes com areia fina e palha. Regar a cama de sementes duas vezes por dia para fazer com que haja suficiente humidade para a germinação. Depois da germinação a palha deve ser removida.

Se o espaçamento entre fileiras (EF) e o espaçamento entre plantas (EP) são 0.5 e 0.5 respectivamente, num campo de 2ha = 100*100*2 = A =  20000m^2, terá cerca de 80000 plantas = 200*200*2 = NP= 200*400. 

 NB: 150-200 g de sementes em 250 m2. 

Dados: Adotados                                     Formula/Resolução 

NPa = 100000 plantas             NPa = NP*25% + NP = 100000 plantas 

L = 100cm                                               NL = L/EL =  100/10 = 10 linhas                   

H = 25cm                                                 NSL = NPa/NL = 100000/10 =  10000 sementes/linha 

EL = 10cm                                               C = NSL*DS4 = 10000*4 = 40000cm       

DS4 = 4cm                                               Av =C*L = 40000 *100 = 4000000cm^2 = 400m^2  

NP = 80000 plantas                                  QS = 200*400/250 = 80000/250 = 320g de sementes  

        EF – espaçamento entre fileiras do campo do projecto; 

        EP – espaçamento entre plantas do campo do projecto; 

        NL – numero de linhas no campo de viveiros; 

        NP – numero de plantas no campo do projecto; 

        NSL – numero de sementes em cada linha no campo de viveiros; 

        EL – espaçamento entre linhas no campo de viveiros; 

        NPa – numero de plantas adotado no campo de viveiros; 

        Av – área do campo de viveiros; 

        DS4 – distancia entre sementes no campo de viveiros; 

QS – quantidade de sementes a comprar; C – comprimento do campo de viveiros;

        L – largura de campo de viveiros; H – altura do campo de viveiros;  A – área do campo do projecto. 

             

 

3.3 Repicagem / Transplante  

A repicagem duma plântula para o campo tem lugar após 3 a 6 semanas depois da sementeira. Uma semana antes da repicagem, as plântulas devem ser endurecidas por meio de uma redução do abastecimento de água, mas 12-14 horas antes de serem retiradas da cama de sementes deverse-ão regar de novo, com abundância, de forma a evitar que as raízes sofram danos excessivos durante o transplante. As plântulas de 15-25 cm de altura com 3-5 folhas autênticas são as mais apropriadas para serem transplantadas. O transplante deve ser feito à tarde ou durante um dia nublado de forma a reduzir o trauma provocado pela repicagem e, depois, é necessário regar imediatamente. Ao retirar as plântulas, manter um grande torrão atado às raízes das mesmas, de forma a prevenir que sejam danificadas.  

O espaçamento entre as plantas e as fileiras depende do porte da cultivar, do tipo do solo, do sistema de cultivo e também das plantas estarem suportadas por estacas ou crescerem rasteiramente. O espaçamento comum é de 50 cm entre as plantas e de 50 - 100 cm entre as fileiras. 

3.3.1 Espaçamento de plantio para três tipos de tomateiros 

Tipo de planta  

Distância entre as fileiras e as plantas  

Tipo determinado (arbusto)  

1,0 x 0,5 m  

Tipo semideterminado  

0,75 x 0,5 m  

Tipo indeterminado (alto)  

0,75 x 0,5 m  

  

Executa-se esse trabalho nas horas mais frescas do dia e com o solo úmido. No transplante a muda deve ficar enterrada no sulco na mesma profundidade em que se encontrava no canteiro. Após o transplante. Faz-se uma ligeira compressão da terra em torno da muda para permitir melhor contato do solo com as raízes.  

 

Se o tomateiro vai ser conduzido sem desponte e o tutoramento em cerca cruzada, o espaçamento entre as mudas pode variar de 50 a 70 cm. Com desponte e o tutoramento na vertical, pode ser de 40 a 50 cm. Para as variedades do grupo salada, com tutoramento em cerca cruzada, o espaçamento entre mudas pode variar também de 40 a 50 cm.  

Se os tomateiros estão suportados por meio de estacas, a distância entre as fileiras pode ser diminuída até 20-40 cm. Fazer com que as covas de plantio sejam suficientemente profundas para as folhas inferiores estejam ao nível do chão quando se terminar o transplante. Compactar bem o solo em redor do raizame e regar à volta da base da planta de forma a se assentar o solo. 

Depois do transplante, poder-se-á colocar uma cobertura morta na terra em redor das plantas para protegê-las contra o calor durante os primeiros cinco dias. Uma cobertura morta é composta de restos vegetais (palha de arroz ou palha de sorgo/mapira) que cobrem o solo para controlar o desenvolvimento das ervas daninhas, prevenir erosão e conservar água. Cuidado para não molhar as folhas inferiores, visto que isto pode estimular o desenvolvimento de bolores.  

Um método mais avançado é colocar uma cobertura morta de plástico nos canteiros e perfurá-la antes do plantio. As plantas transplantadas devem ser protegidas do calor durante os primeiros 5 dias, cobrindo-as com folhas grandes. 

 

4. Tratamentos culturais  

  

4.1 Estrumes e fertilizantes 

A fim de obter rendimentos elevados, os tomateiros precisam de fertilizantes. Há dois grupos de nutrientes para aplicar nas culturas: estrumes orgânicos e fertilizantes químicos. 

4.1.1 Estrumes orgânicos 

Os tipos mais comuns do estrume de estábulo são estrume dos cavalos, estrume das vacas e estrume dos porcos. Entre estes três tipos, o estrume dos cavalos tem o melhor equilíbrio de nutrientes. O estrume das vacas contém relativamente pouco fosfato. O estrume dos porcos é, geralmente, rico em minerais, mas contém relativamente pouco potássio. 

O estrume das cabras e ovelhas também é um estrume orgânico de boa qualidade. Se apenas se usar estrume de estábulo, será razoável aplicar uma quantidade de 12,5-25 toneladas/ha/ano. Caso as condições de cultivo não sejam tão apropriadas ou se se aplicarem também fertilizantes químicos, a aplicação de menores quantidades de estrume poderá ser suficiente. 

O estrume das galinhas tem, geralmente, uma vigor que iguala três (3) até quatro (4) vezes a do estrume de estábulo. O estrume de galinhas é um tipo de estrume muito valioso, visto as plantas poderem absorver facilmente os nutrientes procedentes do mesmo. Um modo adequado de utilizar o estrume das galinhas implica misturá-lo com uma quantidade igual de solo friável ou de areia antes da sua aplicação. Pode-se espalhar esta mistura entre as fileiras e recomenda-se, depois, revolvê-lo levemente com um ancinho ou um sacho. Ao contrário do estrume de estábulo, o estrume das galinhas pode ser usado em solos argilosos, visto que não é muito pegajoso.  

Também é apropriado para ser usado em solos ácidos, visto que este tipo de estrume contém um alto nível de cálcio. Recomenda-se que o estrume esteja seco ao incorporá-lo no solo, visto que o estrume fresco é demasiadamente vigoroso e, por conseguinte, pode danificar as plântulas tenras. 

 

4.1.2 Composto 

O composto - é fácil de preparar à base de vários tipos de materiais orgânicos. Exemplos de materiais que podem ser utilizados são: restos vegetais de culturas, lixo da cozinha, galhos do jardim e estrume. O composto é uma fonte abundante de micro e macronutrientes. Fornece nutriente no momento apropriado e nas quantidades requeridas. É particularmente útil para melhorar a estrutura do solo e aumentar a fertilidade. 

É importante dispor dum estrume bem decomposto, que não seja muito pegajoso nem esteja muito húmido. Contudo, não deve estar demasiadamente seco, visto que o re-humedecimento do estrume pode ser muito difícil. 

 

 

4.1.3 Vantagens do composto e do estrume 

Melhoram a fertilidade e a estrutura do solo, e reduzem a necessidade de aplicar fósforo (P), azoto (N) e potássio (K). Fornecem um leque de nutrientes para as culturas e podem ser preparados num período de 2,5 – 3 meses. 

4.2 Fertilizantes químicos 

Os fertilizantes químicos (com excepção do cálcio) não melhoram a estrutura do solo, mas enriquecem o solo fornecendo nutrientes. Os fertilizantes químicos são relativamente dispendiosos, mas, desde o ponto de vista de teor de nutrientes, em algumas zonas o fertilizante é menos dispendioso do que o estrume. Num sistema de cultivo em pequena escala e em situações de preços variáveis e rendimentos limitados (devido à presença de doenças, um clima desfavorável ou solos deficientes) não vale a pena usar grandes quantidades de fertilizantes químicos. Os fertilizantes químicos podem ser classificados em dois grupos: fertilizantes compostos e fertilizantes simples. 

4.2.1 Fertilizantes químicos compostos. 

Este tipo de fertilizante é uma mistura de azoto (=N), compostos fosfóricos (=P2O5) e potassio (=K2O). O fertilizante composto 12-24-12 contém 12% de N (azoto), 24% de P (fósforo) e 12% de K (potássio). 

4.2.2 Fertilizantes químicos simples. 

Este tipo de fertilizantes contém apenas um nutriente. Aplica-se (ex. nitrato de sódio, ureia ou superfosfato), quando uma cultura tem uma deficiência específica. O tomate precisa de fósforo particularmente depois do seu transplante. Recomenda-se aplicar azoto e potássio durante o período de crescimento da cultura. Usar um tipo de libertação lenta durante a estação das chuvas e um de libertação rápida durante a estação seca. 

Nas regiões tropicais a aplicação de fertilizantes químicos varia entre 40-120 kg/ha de azoto, 3090kg/ha de fosfato e 30-90 kg/ha de potássio. Nunca espalhar fertilizantes químicos sobre plantas tenras ou húmidas, visto que tal provocaria queimaduras. 

 

4.3 Combinação  de fertilizantes orgânicos e químicos 

Antes do plantio, a fertilização do solo é feita por uma aplicação de material orgânico. No caso do tomate, aplica-se, geralmente, uma combinação de fertilizantes orgânicos e químicos. Não é necessário aplicar esta mistura de uma só vez. Por exemplo, pode-se aplicar uma metade ao preparar os canteiros ou misturá-la com o solo nas covas para as plântulas. A outra metade pode ser aplicada quando as plantas estão a florescer ou quando a frutificação terminou. É recomendável incorporá-lo, com um ancinho, no solo entre as fileiras. Uma segunda aplicação, a fim de reabastecer os nutrientes do solo, é particularmente recomendável em solos arenosos, nos quais os nutrientes são lixiviados mais rapidamente. É recomendável realizar uma aplicação foliar de nutrientes para aumentar os rendimentos. 

4.4 Rega 

O tomate não é resistente à seca. Por conseguinte, os rendimentos diminuem consideravelmente após curtos períodos de escassez de água. É importante regar as plantas com frequência, particularmente durante a florescência e a frutificação. A quantidade de água necessária depende do tipo de solo e das condições climáticas (pluviosidade, humidade e temperatura). Em solos arenosos é particularmente importante regar com frequência (p.ex. 3 vezes por semana). Em boas circunstâncias uma rega por semana deve ser suficiente. 

É necessário regar, aproximadamente, 20 mm de água por semana em condições frescas e, aproximadamente, 70 mm durante os períodos quentes e secos. A aplicação de água desempenha um papel crucial para a obtenção duma maturidade uniforme e para a redução da ocorrência do apodrecimento apical, uma desordem fisiológica associada com o abastecimento irregular de água e, por conseguinte, uma deficiência de cálcio nos frutos durante o seu crescimento. Há vários métodos de irrigação. 

4.4.1 Rega superficial 

O método mais simples é verter água em sulcos (rega em sulcos) ou sobre campos planos rodeados por pequenos diques/marachas (rega por inundação). Distribuir a água uniformemente. 

4.4.2 Rega por aspersão 

A rega por aspersão, com uso de tubos permanentes, é aplicada de forma comum nas estufas. Os aspersores estão colocados abaixo da cultura e em faixas de forma a que os carreiros se mantenham secos. 

4.4.3 Rega gota-a-gota 

Uma mangueira feita de polietileno preto – perfurado com pequenos buracos de, aproximadamente, 2 milímetros – pode ser colocada no chão, perto da base das plantas. É necessário que o solo seja plano, mas pode ter uma inclinação muito ligeira para o extremo do tubo. O comprimento da mangueira pode ser de 20 até 30 metros. A pressão da água deve ser de, aproximadamente, 0,2 atmosferas (2 m de coluna de água). 

4.4.4 Rega de plantas individuais 

É necessário que o solo seja plano e que a água esteja limpa, visto que se deve prevenir a obstrução dos pequenos buracos de gotejo. É possível filtrar a água no local onde entra no sistema. Muitos sistemas de rega gota-a-gota funcionam com uso de uma baixa pressão da água, que é de 0,1-0,2 atmosferas (1 a 2 metros de coluna de água). Num pequeno sistema, isto pode ser conseguido de forma muito barata por meio da instalação de um flutuador do WC à entrada do tubo principal. Pode-se acrescentar o fertilizante, dissolvido na dose correcta, ao sistema de rega gota-a-gota. Ao contrário da rega por aspersão e de outros tipos de rega, pode-se poupar, através da rega gota-agota, 30 – 70% de água, particularmente num clima muito árido. 

O sistema por sulcos é o mais utilizado para o tomateiro, pois, embora exija a sistematização do solo para sua implantação, reduz a possibilidade de ocorrência de doenças fúngicas em comparação com o sistema de aspersão. 

O volume de água a aplicar e a frequência das irrigações variam de acordo com o tipo de solo, topografia da área, condições de clima e estádio de desenvolvimento da planta. O período crítico ocorre do início da floração até o início da maturação, compreendendo, portanto, toda a fase de desenvolvimento do fruto. 

Com irrigações menos frequentes no estágio de crescimento das plantas, suas raízes se desenvolvem melhor. Já durante a fase de floração, frutificação e maturação, irrigações leves e frequentes favorecem o desenvolvimento do fruto e aumentam-lhe o teor de suco. 

A rega deve ser suficiente para manter úmida a camada de solo explorada pelo sistema radicular do tomateiro, que, de modo geral, atinge até 40 cm de profundidade. 

A rega excessiva apresenta vários inconvenientes: 

Ø  Provoca crescimento exagerado da planta e retarda a maturação dos frutos; 

Ø  Remove nutrientes, principalmente o nitrogênio, para longe do alcance das raízes;  Ø Pode ocasionar a queda de flores; 

Ø  Favorece a ocorrência da podridão apical, o aparecimento de doenças, caso o agente causador esteja no solo, e doenças de folha (principalmente se o sistema for de aspersão);  

Ø  Aumenta os gastos com energia e mão-de-obra;  Ø E provoca maior desgaste do equipamento. 

 

4.5 Poda 

É importante que os tomateiros sejam podados, particularmente no caso de se tratar de arbustos densos e tipos indeterminados. Desta maneira, melhoram-se a intercepção da luz e a circulação do ar. À poda dos rebentos laterais chama-se desponta lateral. À poda da cabeça do caule chamase desponta apical. 

A necessidade da poda depende do tipo da planta e do tamanho e da qualidade dos frutos (se as plantas não forem podadas, crescerão de forma aleatória e os frutos serão menores). 

 

 

 

4.5.1 Podar na forma desejada 

No que diz respeito à poda, os tomateiros dividem-se em duas formas, arbusto e recto. As variedades de arbusto são as mais apropriadas para o cultivo no campo, ao ar livre, visto que não requerem ser podadas durante a maior parte do período de cultivo. Remover quaisquer folhas amarelas ou em vias de decomposição, o mais rapidamente possível, de forma a prevenir a difusão de doenças. Se as plantas se tornarem demasiadamente grandes para se suportarem por si mesmas, dever-se-ão podar alguns ramos grandes ou acrescentar mais estacas de suporte. 

Podem-se atar os ramos laterais às estacas de suporte adicionais. Reduzir o número de ramos portadores de tomates até sete ou oito, podando, por meio de beliscões, os ramos excedentes. Quando apareçam os primeiros frutos (no começo da frutificação), a planta produzirá rebentos a desenvolver-se entre a haste principal e os ramos da folhagem. 

Dever-se-ão remover os rebentos laterais inferiores por meio de beliscões (com os dedos). Se se deixa que cresçam, produzirão uma folhagem massiva mas poucos tomates. Quaisquer rebentos omitidos devem ser removidos. Dever-se-ão remover também as folhas inferiores que mostram qualquer sintoma de se tornarem amarelas, de forma a prevenir o risco de infecção. 

Quando a planta tiver produzido 6-7 ramos portadores de tomates dever-se-á parar o desenvolvimento, quebrando a ponta de crescimento. Se começarem a desenvolver-se mais de sete ramos portadores de tomates, dever-se-ão remover os rebentos excedentes por meio de beliscões, de forma a estimular a planta para produzir tomates de boa qualidade em vez de produzir uma quantidade abundante de frutos de baixa qualidade e amadurecimento tardio. 

4.5.2 Desponta lateral 

É importante remover, por beliscões, os rebentos laterais do tomateiro. Ao aplicar-se uma desponta lateral, removem-se os pequenos rebentos laterais e deixa-se intacto apenas um caule principal. Os cachos de frutos desenvolvem-se ao longo deste caule principal. A desponta lateral faz com que aumentem a qualidade e o tamanho dos frutos. 

 

 

4.5.3 Desponta apical 

A ponta do caule principal do tipo alto é removida por beliscão quando 3 até 5 folhas estão completamente desenvolvidas. Os rebentos que se desenvolvem dos 2 até 4 gomos superiores são deixados intactos para crescerem. Desta maneira, haverá 2 - 4 rebentos laterais que se tornarão em caules principais, suportados por estacas. 

Quando estes caules tiverem um comprimento de 1 – 1,25 m dever-se-ão remover, por beliscões, também as pontas. Os novos rebentos laterais deverão ser removidos com frequência, por beliscões. No geral, formam-se 3 a 4 cachos de frutos a crescerem ao longo de cada caule. 

4.5.4 Poda das folhas 

Dever-se-ão remover as folhas velhas, amarelas ou doentes dos tomateiros. Desta maneira, controlar-se-á o desenvolvimento e a difusão de doenças. É necessário ter cuidado durante a poda das plantas, visto que uma doença se difunde muito facilmente através das mãos ou qualquer ferramenta utilizada. Por conseguinte, dever-se-á prevenir a presença de plantas doentes e limpar as ferramentas com frequência. A fim de que as feridas, provocadas pela poda, possam secar rapidamente, é melhor realizar a poda pela manhã dum dia de sol. Recomenda-se queimar ou enterrar as folhas infectadas, de forma a prevenir as infecções por doenças. 

4.6 Sistemas de suporte 

Paus de bambu, estacas de madeira, estacas ou latadas de outros materiais robustos fornecem o suporte necessário para manter a folhagem e os frutos afastados do chão. Graças ao suporte com estacas aumentarão o rendimento e o tamanho dos frutos; reduzir-se-á o apodrecimento de frutos e facilitar-se-ão a pulverização e a colheita. 

As variedades indeterminadas deverão ser suportadas com estacas para facilitar a poda, a desponta por beliscões, a colheita, e outras práticas de cultivo. As variedades determinadas deverão ser suportadas com estacas, durante a estação das chuvas, para prevenir que os frutos estejam em contacto com o solo.  

Há muitas possibilidades de disposição do suporte com estacas. Contudo, as plantas devem ser atadas de forma segura às estacas ou suportes de corda, a partir de, aproximadamente, duas semanas após o transplante. Para se atarem podem-se utilizar palha de arroz, tiras de plástico, fita de atar para uso hortícola, ou outros materiais. A atadura também serve para suportar os cachos de frutos. 

4.6.1 Atadura 

O tomateiro (tipo alto) pode ser atado a estacas de forma a se suportarem os caules durante o seu crescimento. Atar, folgadamente, os tomateiros às estacas e re-atá-los com frequência durante o período de crescimento. A fim de não danificar as raízes do transplante. As estacas devem ter uma altura de 1,5 m, no mínimo, visto que serão enterradas no solo até uma profundidade de 4050 cm. Dever-se-á lavar as estacas com um desinfectante antes da sua reutilização, de forma a destruir quaisquer germes ainda presentes nas mesmas. 

4.6.2 Construção de uma cerca 

A construção de uma cerca com uso de estacas e corda/ arame, para suportar o tomateiro (tipo alto), é útil devido a várias razões: 

ü  As plantas obtêm um suporte mais adequado e previne-se a quebra dos caules; 

ü  Devido à melhor ventilação, reduzir-se-á a possibilidade da difusão de doenças, que é particularmente importante em zonas húmidas ou durante estações húmidas; 

ü  Prevenindo qualquer contacto entre o solo e os frutos, estes não se apodrecerão; 

ü  Possibilita o plantio de mais plantas por hectare; 

ü  Facilita a monda e a colheita; 

A construção de uma cerca também pode ser prática para os tomateiros do tipo arbusto, de forma a prevenir que os cachos pesados de frutos toquem o chão. Folhas e frutos que estão em contacto com o chão apodrecem facilmente, visto haver uma maior possibilidade de que as plantas sejam danificadas por doenças e insectos. Pode-se prevenir isto, colocando uma cerca de duas cordas paralelas em ambos os lados da planta ou colocando palha ou uma cobertura morta (mulch) debaixo das plantas. 

 

4.6.3 Controle fitossanitário 

A plantação é inspecionada diariamente, para verificar a eventual ocorrência de doenças e pragas e adotar o método de controle mais adequado a cada situação.  

4.6.4 Adubação em cobertura 

É efetuada de acordo com o desenvolvimento e as necessidades da planta. De modo geral, aplicamse por cova de 25 a 30 g de mistura preparada com 10 kg de nitrogênio e 20 kg de potássio, aos 30 a 35 dias e aos 60 a 70 dias do transplante.  

4.6.5 Correção de deficiências de nutrientes 

Não obstante a calagem, a aplicação de matéria orgânica e de adubos minerais, pode ocorrer deficiências nutricionais. As mais comuns são de cálcio e magnésio. Há outros tratos, além desses rotineiros.  

O desponte da haste principal do tomateiro é um meio de fazer que os frutos das pencas superiores atinjam maior tamanho. Essa operação se faz normalmente acima da sexta penca ou quando a haste principal ultrapassar o arame. Em variedades do grupo salada, faz-se o desbaste dos frutos, deixando 2 ou 3 deles em cada penca. 

 

4.7 Controlo das ervas daninhas 

As ervas daninhas competem com os tomateiros pela luz, a água e os nutrientes. Às vezes, fornecem abrigo aos organismos patogénicos para os tomateiros, como sejam o vírus do frisado amarelo do tomateiro (TYLCV), reduzindo o rendimento. Um maneio eficaz, não químico, das ervas daninhas começa por uma lavoura profunda, várias rotações de culturas, e culturas de cobertura competitivas. 

 

 

 

 As seguintes práticas integradas são úteis para controlar, de forma eficaz, as ervas daninhas: 

Ø  A remoção dos restos vegetais da cultura anterior e as práticas de saneamento do campo ajudam a prevenir a introdução de sementes das ervas daninhas. 

Ø  Por meio de uma lavoura profunda com o cultivador e a exposição do solo à luz do sol antes do transplante, destroem-se as sementes das ervas daninhas. 

Ø  É importante que o campo se mantenha sem ervas daninhas durante 4-5 semanas depois do transplante. É durante este período que se deve suprimir a competição das ervas daninhas de forma a prevenir a redução do rendimento. 

Ø  As ervas daninhas que crescem entre as fileiras da cultura controlam- se mais facilmente. Removem-se, geralmente, por meio de uma lavoura superficial ou através da aplicação de uma cobertura morta. 

Ø  Em grandes superfícies de uso agrícola, a lavoura mecânica é o método comum para controlar as ervas daninhas dentro de e entre as fileiras. Por meio de uma lavoura superficial até 1-2 polegadas (2,5-5 cm) de profundidade controlam-se as ervas daninhas e despedaçase o solo encrostado ou compactado. A amontoa do solo para a o pé da fileira de plantas ajuda a sufocar as pequenas ervas daninhas dentro da fileira e, além disso, os tomateiros desenvolvem raízes que vão mais para cima, desenvolvendo-se também na parte inferior do caule. 

Ø  A primeira lavoura pode ser feita bastante perto das plantas recém estabelecidas, mas as lavouras posteriores devem ser mais superficiais e a uma maior distância dos caules para se prevenir a danificação das plantas e a redução do rendimento. 

Ø  A monda manual constitui um método eficaz para controlar as ervas daninhas que crescem entre as plantas numa fileira. 

Ø  A aplicação de uma cobertura morta com uso de restos vegetais beneficia a supressão de ervas daninhas, a retenção da humidade do solo e a libertação lenta de nutrientes durante o processo de decomposição. Os resíduos vegetais estimulam insectos benéficos como sejam os besouros predadores. Também estimulam o aumento da população de aranhas e minhocas. Os tipos comuns da cobertura morta orgânica são a palha de trigo, palha de arroz, ervas daninhas, palha de sorgo (mapira) e de milho miúdo (mexoeira). 

 

5. Pragas e doenças 

Praticamente todas as pragas e doenças podem ser controladas de forma adequada através da aplicação de pesticidas químicos sintéticos. Contudo, a maior parte dos pesticidas são dispendiosos e, às vezes, muito prejudiciais para os seres humanos e o meio-ambiente, de forma que o seu uso deverá limitar-se a casos de emergência. Além disso, há algumas pragas que desenvolveram uma resistência a certos pesticidas. 

Por conseguinte, recomendam-se estratégias de Maneio Integrado de Pragas (MIP) que combinam o uso de variedades resistentes, práticas apropriadas de cultivo e uma aplicação sensata de pesticidas. 

5.1 Nemátodos 

Os nematódeos são vermes minúsculos que vivem no solo, alimentando-se das raízes de plantas. Devido ao seu tamanho reduzido (têm apenas alguns mm de comprimento), não podem ser vistos a olho nu. Têm uma armadura bucal perfuradora, que utilizam para sugar a seiva das plantas. Por conseguinte, podem provocar uma redução da capacidade produtiva das plantas e também prejuízos ainda mais graves devido a vírus ou fungos penetrarem nas plantas através das feridas feitas pelos nemátodos. Os ditos invasores provocam doenças nas plantas e, por fim, a sua morte. 

Se se descobrir uma área no campo cultivado onde uma parte da cultura mostra claros sintomas de ter um desenvolvimento atrasado, onde as plantas são de cor mais clara e têm folhas com formas anormais, mas não mostrando indícios de um padrão de mosaico, dever-se-á suspeitar de uma infestação de nemátodos. 

No cultivo do tomate, os nemátodos dos nódulos radiculares constituem um grande problema. Provocam o desenvolvimento de galhas (tumores cancerosos) nas raízes das plantas. Três tipos comuns dos nemátodos dos nódulos radiculares são: Meloidogyne incognita, M. javanica e M. arenaria. As plantas afectadas continuam a ser pequenas e são susceptíveis a doenças fúngicas e bacterianas, transmitidas através do solo. Nas regiões tropicais, perde-se, aproximadamente, 30% da colheita do tomate devido a nemátodos. 

 

A infestação e a transmissão de nemátodos podem ocorrer através de material vegetal infectado, ferramentas, água da chuva e da rega, ventos fortes (levando partículas infestadas do solo), e solo contaminado que está pego no calçado de pessoas ou nas patas de animais. Os nemátodos sobrevivem no solo enquanto este estiver húmido. 

O uso de pesticidas químicos (nematicidas) e esterilizantes do solo (de que faz parte um tratamento com vapor) é eficaz, mas também dispendioso. Tentar aplicar também as seguintes medidas de MIP para suprimir ou limitar a infestação de nemátodos: 

        A rotação do tomate com outras culturas como sejam cereais, couve, cebola, amendoim, mandioca, gergelim, etc. Não alternar com Solanáceas. (Recomenda-se não alternar com culturas pertencentes à família das Cucurbitáceas (p.ex. pepino ou abóbora) nem com a papaia, visto que também estas podem causar a transmissão de doenças). 

        A remoção das ervas daninhas e de restos vegetais (folhas e frutos podres). Intercalar plantas que, através das suas raízes, emitem substâncias que repelem ou destroem os nemátodos, como sejam o gergelim ou espécies de Tagetes (um tipo de cravo de defunto; podem se encontrar ervas daninhas parecidas em muitos países). 

        Exposição do solo ao sol e ao vento. Lavrar o solo várias vezes com charrua. Devido à lavoura, os nemátodos serão transportados para a superfície do solo e, por conseguinte, estarão expostos ao sol e a temperaturas altas, de forma a que serão destruídos. 

 

5.2 Insectos 

Todos os insectos picadores e sugadores, como sejam as moscas brancas, os tripés e os afídeos (pulgões) apenas provocam danos mecânicos se manifestarem em grandes quantidades. Contudo, os vírus possivelmente transmitidos por estes insectos podem causar prejuízos muito mais graves. Estes insectos podem vir de fora do campo cultivado e provocar, finalmente, a infestação de toda a cultura.  

 

 

Além disso, as folhas danificadas por insectos tornam-se mais susceptíveis a infecções por doenças fúngicas e bacterianas. As culturas produzidas debaixo de uma cobertura fechada de vidro, filme de plástico ou mosquiteiros, ou uma combinação destes, ficarão protegidas contra ataques de insectos e infestações de vírus. 

 

5.2.1 Mosca branca (Bemisia tabaci) 

Os adultos são brancos e têm um comprimento de 1-2 mm. Tal como as larvas, alimenta-se da seiva das folhas. Ao virar uma planta infestada é comum que as moscas brancas se levantam num grande grupo. Põem ovos no lado inferior das folhas. Após, aproximadamente, uma semana as larvas saem dos ovos. Depois de 2 a 4 semanas as larvas formam um casulo onde ficam durante, aproximadamente, uma semana para levar a cabo a sua metamorfose.  

As moscas brancas constituem, particularmente, um problema durante a estação seca, visto que desaparecem quando começa a estação das chuvas. Algumas medidas para lutar contra a mosca branca são: 

        Estimular a presença de predadores naturais da mosca branca, plantando arbustos ou outros tipos de vegetação entre as fileiras da cultura (plantio intercalar) ou às beiras dos carreiros entre os canteiros. Não usar pesticidas. 

        Usar cultivares resistentes (folhas peludas estorvam a mosca branca durante a postura dos ovos). 

        Pulverizar com uma solução de querosene e sabão para controlar a mosca branca 

 

 

 

 

 

 

5.2.2 Afídeos/pulgões (Aphidae) 

Os afídeos ou pulgões são insectos moles, oblongos com um comprimento de, aproximadamente, 2,5 mm. Há tipos com e sem asas. Provocam danos directos quando aparecem na cultura em grandes números, onde preferem as folhas e caules mais tenros. Além de provocar uma danificação directa, os afídeos também transmitem vários tipos de vírus. 

Algumas medidas para controlar os afídeos são: 

        Remover os restos vegetais das velhas culturas antes de semear uma nova cultura. 

        Realizar um cultivo intercalar com outras culturas. 

        Moderar o uso de fertilizante com azoto; usar fertilizantes orgânicos. 

        Pulverizar com uma solução de sabão, urina de vaca ou extracto de neem (amargoseira, Azadirachta indica). 

 

 

5.2.3 Tripés (Thripidae) 

Os tripés são insectos minúsculos, com um comprimento de apenas 0,5 até 2 mm, de forma que se deve olhar com atenção para conseguir observá-los. No geral, têm asas. Os tripes põem ovos nas folhas. As larvas aparecem, aproximadamente, após 10 dias.  

As larvas e os tripés adultos sugam a seiva das folhas, provocando o aparecimento de manchas prateadas na superfície das folhas afectadas. Os tripés adultos também depositam os seus excrementos nas folhas, que são visíveis na forma de pequenos pontos pretos. 

  

 

 

 

 

 

 Algumas medidas para controlar os tripés são:  

        Cobrir o chão com um filme de plástico de forma a prevenir que os tripes entrem no solo para a sua fase de metamorfose no casulo. 

        Lavrar bem a fim de os casulos chegarem à superfície onde secam e, por conseguinte, morrem. 

        Remover os restos vegetais da cultura. 

        Pulverizar com uma solução de sabão ou de neem (amargoseira, Azadirachta indica) nas plantas. Contudo, isto não afectará os casulos presentes no solo, de forma que se deve repetir a aplicação para destruir os adultos, quando aparecem à superfície. 

5.2.4 Borboletas e traças (Lepidópteros) 

As borboletas e traças são pragas comuns nas culturas do tomate. Põem ovos verdes ou castanhos nas folhas tenras, flores e frutos. As larvas saídas dos ovos (lagartas) alimentam-se das folhas, flores, frutos e até as raízes. Durante este período de alimentação, as lagartas aumentam o seu tamanho, desenvolvendo-se através de várias fases larvais. Ao final, entram no solo para formarem casulos. Depois de algumas semanas, os insectos adultos com asas sairão dos casulos para dispersar-se, voando. 

Algumas medidas para controlar as lagartas são: 

Ø  Remover e destruir os frutos infectados. Aplicar uma rotação de culturas; 

Ø  Inspecionar, com frequência, a presença de ovos e tomar medidas para controlar as larvas novas; 

Ø  Utilizar armadilhas de luz, que atraem traças durante a noite, de forma a prevenir que ponham ovos nas plantas. Aplicar cinza de madeira, aparas ou lascas de madeira e/ou cálcio nas camas de sementes. Realizar uma cultura intercalar com couve; 

Ø  Pulverizar com o Bacillus thuringiensis, um insecticida biológico, vendido pelos fornecedores locais de pesticidas; 

 

 

5.2.5 As cigarrinhas (Cicadellidae) e a Empoasca fabae 

A cigarrinha mais comum, que constitui uma praga na cultura do tomate, é a Empoasca fabae. As cigarrinhas têm um comprimento de 2-30 mm e ao serem estorvadas, movem-se de lado. Põem ovos verdes com forma de banana no lado inferior das folhas. 

Alimenta-se da seiva das plantas e onde tem sugado, a folha torna-se mais clara. No caso duma danificação grave, toda a folha fica com uma cor clara. 

 

Algumas medidas para controlar as cigarrinhas são: 

Ø  Se for possível, dever-se-á realizar o plantio durante a estação das chuvas. 

Ø  Usar cultivares resistentes (folhas peludas estorvam a postura de ovos). 

Ø  Aplicar uma cobertura morta adequada (desta maneira previne-se que as cigarrinhas formem casulos no solo). 

Ø  Pulverizar com uma solução de neem (amargoseira, Azadirachta indica) ou outros pesticidas usados localmente (piretro, derris, cevadilha). O melhor momento para pulverizar é durante o primeiro mês, quando as plantas têm, aproximadamente, 10 cm de altura. É neste período que as cigarrinhas fêmeas põem ovos. 

 

5.2.6 Ácaros (Tetranychus spp.) 

Os ácaros são pequenos insectos araneiformes. O seu tamanho é inferior a um 1 mm, e a sua cor é, geralmente, amarela, vermelha ou cor-de-laranja. Põem ovos no lado inferior das folhas. As larvas e os insectos adultos sugam a seiva das folhas. Por conseguinte, as folhas e os caules tornam-se amarelos e secam. Os ácaros podem fazer uma teia (pelugem) de fios finos, parecida à teia de aranha. A danificação mais grave provocada pelos ácaros ocorre durante a estação seca. 

 

 

 

Algumas das medidas para controlar os ácaros são: 

Ø  Se for possível, realizar o plantio da cultura durante a estação das chuvas. 

Ø  Estimular a presença de predadores naturais por meio do plantio intercalar de arbustos e outros tipos de vegetação variada, ou o cultivo dos mesmos ao longo dos carreiros. 

Ø  Pulverizar com uma solução de sabão ou de querosene e sabão. 

 

5.3 Insectos benéficos 

Os insectos benéficos podem ser úteis para o controlo das pragas nocivas. 

Alguns exemplos de predadores naturais: 

Ø  A joaninha, que controla a mosca branca; 

Ø  A chrysoperla carnea, que controla afídeos/pulgões e a mosca branca; 

Ø  A mosca sirfídea, que controla os ovos do afídeo/pulgão; 

Ø  A vespa trichogramma, que controla a lagarta das maçãs (carpocapsa pomonella); Ø O bacillus thuringiensis, que controla a lagarta-militar. 

 

 

 

 

 

 

 

  

6. Doenças 

Os tomateiros são susceptíveis a vários fungos, bactérias e vírus. Fungos e bactérias causam a ocorrência de doenças nas folhas, nos frutos, nos caules e nas raízes. Uma infecção de vírus provoca, geralmente, um crescimento retardado (nanismo) e uma produção reduzida. Os danos provocados por doenças podem levar a uma redução considerável de rendimentos para o agricultor. 

 

6.1 Bactérias 

As bactérias são organismos unicelulares minúsculos que não podem ser vistas a olho nu, mas apenas com microscópio. Ao contrário dos fungos, cujos esporos germinam e, depois, são capazes de penetrarem pela epiderme intacta da planta, as bactérias infectam apenas uma planta através de pontos débeis, como sejam cicatrizes, estomas e lenticelas (pequenos poros na superfície de caules e raízes) e feridas (devido à poda) ou outras lesões físicas. No solo podem penetrar na planta através de lesões nas raízes.  

As bactérias encontram-se em todos lados, no ar e em objectos. As bactérias podem chegar ao ponto onde penetram a planta devido a actividades humanas, pegadas aos sapatos, e nas patas de insectos, pelos salpicos das gotas de chuva ou o movimento de pó/poeiras pelo vento. 

A maior parte das doenças bacterianas são transmitidas em condições de humidade e temperatura altas. Quando penetram numa planta, as bactérias atingem, geralmente, o sistema vascular dos caules, raízes e folhas, provocando nestas últimas, muitas vezes, um processo de emurchecimento. 

Para prevenir que as doenças bacterianas se difundam por toda a cultura é necessário prevenir a danificação dos tomateiros. Muitas doenças bacterianas sobrevivem no solo. Por conseguinte, dever-se-á praticar uma rotação de culturas e não cultivar tomates durante vários anos sucessivos no mesmo campo. A única maneira de erradicá-las rapidamente é a esterilização do solo com uso de produtos químicos ou com vapor. Recomenda-se o uso de variedades resistentes, caso possa obter sementes. 

6.1.1 Murcha-bacteriana (provocada por Ralstonia solanacearum) 

Esta bactéria é particularmente comum nas planícies tropicais húmidas, onde as temperaturas são relativamente altas. Trata-se de uma doença que se transmite através do solo. Nas plantas infectadas, os sintomas iniciais são o emurchecimento das folhas terminais, a que se segue dentro de 2-3 dias um emurchecimento repentino e permanente, mas sem amarelecimento. Podem-se desenvolver raízes adventícias nos caules principais.  

O sistema vascular (vasos) nos caules das plantas infectadas tem uma cor castanha clara num corte transversal ou longitudinal; torna-se de cor castanha mais escura durante uma fase posterior da infecção. Quando a planta está completamente murcha, a medula e o córtex (córtice) tornamse também castanhos, perto do nível do chão. Quando se suspendem secções do caule duma planta infectada, em água, os elementos do xilema (tecido lenhoso) ressudam um fluxo branco, leitoso, de bactérias. 

As bactérias sobrevivem no solo e entram nas raízes de plantas novas através de feridas causadas pelo cultivo, transplante, insectos ou certos nemátodos. As bactérias difundem-se por meio da água de rega, pelo movimento do solo ou, durante o transplante, através do movimento de plantas infectadas. 

As medidas seguintes ajudam a controlar a murcha-bacteriana: 

Ø  Usar variedades tolerantes/resistentes; 

Ø  Evitar os campos infectados. Se o solo estiver infectado, não cultivar Solanáceas durante 7 anos, no mínimo;  

Ø  Aplicar uma rotação com cereais; 

Ø  Não ferir as raízes ou as folhas e, por conseguinte, ter cuidado durante o transplante. Podar o menos possível; 

Ø  Fazer com que o campo seja bem drenado; Ø Se for necessário, esterilizar o solo. 

 

 

6.1.2 Mancha-bacteriana (provocado por Xanthomonas axonopodis p.v. vesicatoria)  

Esta bactéria está difundida em todo o mundo, mas o nível de difusão é mais elevado nas regiões tropicais e subtropicais. Estes organismos patogénicos difundem-se através de sementes, insectos, gotas de chuva, restos vegetais infectados e ervas daninhas pertencentes à família das Solanáceas. Chuvas fortes e uma humidade alta favorecem o desenvolvimento desta doença. As bactérias entram na planta através de estomas e feridas.  

Os organismos patogénicos afectam as folhas, os frutos e os caules. Aparecem pequenas manchas nas folhas e nos frutos das plantas infectadas. As ditas manchas são, geralmente, de cor castanha e circulares. As folhas tornam-se amarelas e, depois, caiem no chão. As lesões nos caules e nos pecíolos são elípticas. 

As medidas seguintes podem ajudar a controlar a mancha-bacteriana. 

Ø  Usar sementes ou plantas transplantadas isentas de organismos patogénicos. Aplica-se um tratamento com água quente, com uma temperatura de 50°c, pondo as sementes de molho, durante 25 minutos; 

Ø  Aplicar uma rotação de culturas; 

Ø  Mondar com meticulosidade e remover, particularmente, as ervam daninhas pertencentes à família das solanáceas; 

Ø  Remover os restos vegetais da cultura; Ø  Aplicar cobre ou cobre+maneb. 

6.1.3 Cancro bacteriano (provocado por Clavibacter michiganense) 

O cancro bacteriano é uma doença do tomateiro com um grande impacto económico que tem difusão em todo o mundo. A doença difunde-se através de sementes ou por meio do solo. As bactérias podem sobreviver em restos vegetais. As plantas são infectadas através de raízes ou caules feridos. A danificação pode tornar-se grave na presença de nemátodos dos nódulos radiculares. As folhas de plantas infectadas tornam-se amarelas, emurchecem e secam. Nos caules aparecem listas compridas, de cor castanha, que podem rachar.  

 

Nos caules podem- se desenvolver raízes adventícias e, sob determinadas condições, também cancros. Na parte interior, os tecidos vasculares dos caules têm listas de cor amarela clara até castanha. Finalmente, a medula torna-se descolorida e farinhosa. Nos frutos aparecem os sintomas dos chamados “olhos de pássaro” que se caracterizam por manchas redondas, levemente empoladas, com um ponto vermelho rodeado por um anel branco. Estes sintomas não aparecem em todos os casos, mas constituem uma ajuda diagnóstica útil quando estão presentes. 

A seguir apresentam-se algumas medidas para controlar o cancro bacteriano: 

Ø  Usar sementes ou plantas transplantadas isentas de organismos patogénicos. As sementes podem ser postas de molho durante 30 minutos em água com uma temperatura de 56°C, ou durante 5 horas numa solução de 5% de ácido clorídrico, de forma a desinfetá-las; 

Ø  Não semear em solos infectados. Para o cultivo em estufas dever-se-á usar solo, mistura para vasos e vasos ou tabuleiros/depósitos caixas esterilizados; 

Ø  As ferramentas de poda devem ser desinfetadas antes de serem usadas e ser bem limpas depois; 

Ø  Remover e queimar os restos vegetais da cultura; 

Ø  Recomenda-se a rotação de culturas de tomate com uma cultura não hospedeira. 

 

6.2 Vírus 

O tomateiro é muito susceptível a doenças de vírus. Um vírus é um organismo patogénico submicroscópico, com uma estrutura de proteínas, que não pode ser visto a olho nu ou através de um microscópio ordinário. Difunde-se, geralmente, na cultura através de insectos portadores como sejam as moscas brancas, tripés e afídeos (pulgões). Os prejuízos causados pelos vírus são, geralmente, muito mais graves que os danos físicos provocados pelos insectos portadores. 

Normalmente, o tecido vegetal danificado por uma doença de vírus não morre imediatamente. O sintoma mais importante de infecções de vírus é a cor clara (branca ou amarela) das folhas ou o padrão de mosaico de tonalidades verdes claras e escuras nas folhas.  

 

Em muitos casos, uma doença de vírus leva a um crescimento retardado, formação de rosetas ou outras deformações extraordinárias de caules e folhas. Ao contrário das doenças fúngicas ou bacterianas, os sintomas de infecções de vírus não se encontram, geralmente, em todas as partes do campo cultivado. É sempre possível encontrar várias plantas sem sintomas de doença. 

Alguns vírus encontrados nas culturas do tomateiro são: 

Ø  Vírus do mosaico do tabaco/tomateiro (tobacco/tomato mosaic vírus, TMV/tomv); 

Ø  Vírus do mosaico amarelo das cucurbitáceas (cucumber mosaic vírus, CMV); 

Ø  Vírus etch do tabaco/fumo (tobacco etch virus, TEV); 

Ø  Vírus Y da batateira (potato virus-Y, PVY); 

Ø  Vírus do enrolamento da batateira (potato leafroll virus, PLRV); 

Ø  Vírus do bronzeamento do tomateiro (tomato spotted wilt virus, TSWV); 

Ø  Pepper veinal mottle virus (termo inglês, também PVMV); 

Ø  Chilli veinal mottle vírus (termo inglês, também CVMV ou chivmv); 

Ø  Vírus do frisado amarelo do tomateiro (tomato yellow leaf curl virus, TYLCV); Ø Tomato big-bud mycoplasma (termo inglês, também TBB). 

 

6.2.1 Vírus do mosaico do tabaco (TMV) 

TMV causa graves doenças nas culturas do tomate. Os sintomas incluem folhas com manchas amarelas-verdes, folhas enroladas, crescimento retardado (nanismo) e descoloração dos frutos. As plantas saudáveis podem ser infectadas mecanicamente através de contacto com maquinaria ou pessoal. O vector natural de TMV não é conhecido, mas o vírus é transmitido pelas sementes.  As medidas de controlo incluem: 

Ø  Usar sementes isentas de organismos patogénicos e a destruição de plantas infectadas; 

Ø  Prevenir qualquer contacto com plantas infectadas e com o tabaco, quer dizer, não fumar perto das plantas visto que mesmo as cinzas de um cigarro podem transmitir a infecção e lavar as mãos com sabão e água antes de se acercar da cultura do tomate; 

Ø  Prevenir a presença de outras Solanáceas na proximidade do campo, Usar variedades resistentes. 

6.2.2 Vírus do mosaico amarelo das cucurbitáceas (CMV) 

O CMV causa um crescimento retardado (nanismo) dos tomateiros. 

Nas folhas pode aparecer um ligeiro mosqueado verde ou sintomas de filiformismo (shoestring), quer dizer, a superfície das folhas fica muito reduzida. Os frutos têm um tamanho reduzido e ficam, geralmente, deformados. O CMV é transmitido por diferentes espécies de afídeos (pulgões). Os afídeos introduzem o vírus na cultura do tomate proveniente, geralmente, de ervas daninhas ou culturas adjacentes. 

Para prevenir a ocorrência de epidemias do CMV é importante que se controlem os vectores: 

Ø  Cultivo de variedades resistentes; 

Ø  Como o CMV apresenta uma ampla gama de plantas hospedeiras, é importante que se destruam as ervas daninhas e plantas ornamentais que albergam o vírus; 

Ø  A remoção e destruição das plantas infectadas individuais pode ajudar a limitar a difusão do vírus dentro do campo. 

 

6.2.3 Vírus Y da batateira (PVY) 

Os sintomas do PVY dependem da classe do vírus, variando entre um mosaico ligeiro até necrose.

O PVY é transmitido por muitas espécies de afídeos (pulgões). 

Ø O PVY controla-se muito dificilmente com uso de insecticidas. Pode-se limitar a difusão do vírus por afídeos usando coberturas mortas reflexivas e armadilhas pegajosas de insectos, de cor amarela. O cultivo de plantas úteis nas culturas do tomate é muito importante para controlar o PVY. 

 

 

 

 

6.2.4 Vírus do bronzeamento do tomateiro (TWSV) 

O TSWV é uma doença do tomateiro com um grande impacto económico nas regiões tropicais. As plantas infectadas têm um crescimento retardado (nanismo) e folhas amarelas. Os frutos têm anéis característicos de cor verde, amarela e vermelha, levemente empolados e com forma de “olhos de boi”. O TSWV é transmitido por várias espécies de tripés. Pontos de atenção: 

Ø  A destruição dos tripés e das plantas hospedeiras é importante para a prevenção da doença; 

Ø  As culturas do tomate dever-se-ão localizar o mais longe possível dos campos de flores; Ø Usar variedades resistentes. 

 

6.2.5 Pepper veinal mottle virus (PVMV)  

O PVMV causa manchas de mosaico nos tomateiros. As classes de vírus severamente nocivas podem causar uma necrose das folhas e dos caules. Em condições naturais, o PVMV é transmitido de forma não persistente por, no mínimo, cinco espécies de afídeos: Aphis gossypii, A. crassivora, A. spiraecola, Myzus persicae e Toxoptera citridus. 

A fim de controlar o PVMV: 

Ø  as culturas do tomate não devem ser plantadas perto de culturas infectadas; 

Ø  Também se pode reduzir a difusão do PVMV aplicando a monda e controlando os afídeos no viveiro. 

 

 

 

 

 

 

6.2.6 Chilli veinal mottle virus (CVMV) 

O CVMV provoca a aparência de um mosaico amarelo ou manchas cloróticas nas folhas dos tomateiros. Este vírus é transmitido de forma não persistente por várias espécies de afídeos (pulgões). 

As medidas principais para controlar a doença consistem em práticas apropriadas de cultivo que incluem o cultivo intercalar com milho ou o uso de coberturas mortas reflexivas para reduzir a população de vectores. 

6.2.7 Vírus do frisado amarelo do tomateiro (TYLCV) 

O TYLCV está difundido em todo o mundo. As plantas infectadas têm uma forma erecta e um crescimento retardado (nanismo). As folhas ficam amarelas e encrespam para cima ou para baixo. Caso as plantas sejam infectadas no viveiro, o rendimento pode reduzir-se a zero. O TYLCV é transmitido pela mosca branca (Bemisia tabaci). 

Algumas medidas comuns de controlo são: 

Ø  Uso de variedades tolerantes; 

Ø  Uso duma cobertura morta de plástico reflexivo; Ø Protecção das plântulas no viveiro com mosquiteiros; Ø  Controlo dos insectos vectores. 

6.3 Fungos 

Fungos são organismos que consistem, geralmente, de filamentos discerníveis (hifas). Os conjuntos de hifas (micélio) são visíveis a olho nu e têm a aparência de chumaços de algodão muito fino. O micélio é, geralmente, de cor esbranquiçada. Os conjuntos de esporos e os frutos têm, geralmente, cores vivas. Um exemplo bem conhecido é o dos conjuntos de esporos verdes ou esbranquiçados que se desenvolvem em pão que já não é fresco e fruta estragada. 

 

 

Uma infecção fúngica é causada, geralmente, por esporos de fungos que caiem nas folhas, nelas germinam e penetram o tecido vegetal através de estomas (pequenos orifícios na epiderme da planta), de feridas ou, às vezes, até directamente através da própria epiderme.  

Os filamentos desenvolvem-se, a um ritmo de crescimento cada vez mais alto, no tecido vegetal afectado, do qual extraem nutrientes e no qual podem excretar substâncias que são tóxicas para a planta, de forma que, geralmente, o tecido vegetal afectado morre pelo impacto. Os efeitos nocivos dos fungos limitam-se, geralmente, à área afectada, mas existem alguns tipos de fungos que invadem os tecidos vasculares (vasos do lenho ou xilema) e, por conseguinte, se difundem por toda a planta (Fusarium e Verticillium spp.). 

Os sintomas mais claros das doenças fúngicas são as manchas presentes nas folhas. As ditas manchas são, normalmente, de forma redonda ou ovalada, mas também podem ter uma forma poligonal ou de fuso (com extremos pontiagudos). Durante a fase inicial da infecção, podem- se discernir áreas „húmidas‟ nas folhas, onde as folhas posteriormente acabarão por morrer. Durante uma fase posterior da infecção, as manchas presentes nas folhas têm um centro morto, de cor castanha, e estão rodeadas por um halo claro ou escuro. Em redor do centro desenvolvem-se anéis concêntricos de diferentes tonalidades castanhas ou cinzentas. 

O controlo de doenças fúngicas realiza-se facilmente com uso de variedades resistentes. A aplicação de uma rotação de culturas também pode ajudar, particularmente no caso das doenças fúngicas que se transmitem através do solo. Também é importante que se eliminem os restos vegetais da cultura. 

A maior parte das doenças fúngicas pode ser controlada por meio da aplicação de fungicidas químicos, apropriados, nas folhas da cultura. 

Em zonas em que a pluviosidade é alta e frequente, os sedimentos de fungicidas (e também insecticidas) podem ser lavados das folhas e, por conseguinte, perder a sua eficácia. A protecção da cultura contra as gotas de chuva, por meio do estabelecimento de faixas de plástico transparente sobre as plantas, ajuda para se prevenir a perda de pesticidas. 

Outra razão para manter as folhas o mais secas possível é que, desta maneira, se impede que as bactérias e alguns esporos fúngicos se movam numa película de água e encontrem facilmente pontos para entrar nas folhas, infectando as plantas, através das lenticelas. 

Seguidamente descrevem-se as infecções fúngicas principais: 

6.3.1 Alternariose (provocada por Alternaria solani) 

Pode-se encontrar este fungo em todas as partes do mundo. As infecções são particularmente graves em climas húmidos e quentes. A doença difunde-se através de sementes, do vento, da chuva e de restos vegetais infectados. As plantas danificadas são mais susceptíveis a serem afectadas por este fungo. Os sintomas são manchas redondas, castanhas (com anéis concêntricos como num alvo) que aparecem nas folhas, atingindo um diâmetro de 1,5 cm. Às vezes, encontram-se pequenos pedaços no caule ou nas folhas, causando o amarelecimento e emurchecimento das folhas.

Também causa a queda de flores e frutos pequenos. 

As medidas principais de controlo são: 

Ø  O uso de variedades tolerantes; 

Ø  A remoção e a queima de partes vegetais danificadas 

Ø  Uma monda frequente e meticulosa 

Ø  O uso de sementes livres de organismos patogénicos 

Ø  A aplicação duma rotação de culturas 

Ø  A prevenção duma deficiência de água 

Ø  O costume de não plantar plantas novas perto de plantas velhas 

Ø  A aplicação de fungicidas eficazes, caso se possam obter 

6.3.2 Míldio da batateira e do tomateiro (provocado por Phytophtora infestans) 

Este tipo de fungo pode ser encontrado em todas as regiões do mundo mas é mais comum nas serras ou, em condições frescas e húmidas, nas planícies. O fungo difunde-se, geralmente, através dos restos vegetais da cultura. Nas folhas aparecem manchas escuras, húmidas, com uma mancha amarela no centro. Às vezes, as manchas começam a desenvolver-se nas margens das folhas, difundindo-se para o seu centro e, outras vezes, as manchas difundem-se dos centros das folhas para a sua margem. Nos lados inferiores das folhas, as manchas são brancas. 

Os caules e os frutos também podem ser afectados. Nos frutos aparecem manchas castanhas e as folhas emurchecem. Os sintomas do míldio da batateira e do tomateiro tornam-se visíveis cedo no período de cultivo. 

Medidas pelas quais se pode prevenir a aparência do míldio da batateira e do tomateiro: 

Ø  O uso de variedades tolerantes; 

Ø  Uma monda frequente e meticulosa; 

Ø  A remoção e a queima de plantas afectadas e restos vegetais; 

Ø  O costume de não plantar plantas novas perto de plantas velhas; 

Ø  A aplicação de uma cobertura morta nas camas de sementes, de forma a que se possa reduzir a rega; 

Ø  A prevenção do plantio de tomateiros perto duma cultura de batateiras; 

Ø  O aumento do arejamento através do suporte com estacas e a remoção de folhas afectadas. 

6.3.3 Doença do escloroto/Fusariose (provocada por Fusarium oxysporum) 

As folhas emurchecem e tornam-se amarelas de baixo para cima e encrespam- se nas margens. Ao cortar o caule ou as raízes, torna-se visível uma mancha castanha. As plantas podem emurchecer num só lado das folhas, enquanto os outros lados ou as outras partes das plantas podem continuar sendo saudáveis durante muito tempo. Nas partes vegetais mortas encontra-se uma pelugem rosada de fungo. 

Algumas medidas que ajudam a controlar a doença do escloroto (fusariose) são: 

Ø  O uso de variedades resistentes ou tolerantes; 

Ø  A aplicação duma rotação de culturas;  

Ø  A remoção e a queima de plantas afectadas; 

Ø  A minimização da frequência de rega. A fim de prevenir que o solo seque completamente dever-se-á aplicar uma cobertura morta na cama de sementes; 

Ø  A redução da acidez do solo por meio da aplicação de cálcio ou de marga. 

 

6.3.4 Verticiliose (provocada por Verticillium albo-atrum, V. dahliae) 

Esta doença é mais comum nos climas frescos (p.ex. nas serras). Os sintomas de uma infecção de verticiliose são similares aos sintomas da fusariose, mas aparecem mais lentamente. As plantas murcham e as folhas tornam-se amarelas. Podem-se formar muitas raízes laterais na base das plantas. 

O fungo difunde-se através dos restos vegetais da cultura, particularmente em solos levemente ácidos (com pH baixa). Esta doença também afecta outras espécies das Solanáceas. 

As medidas para controlar esta doença de emurchecimento são: 

Ø  O uso de variedades resistentes/tolerantes; 

Ø  Uma monda meticulosa; 

Ø  A lavra e a remoção dos restos vegetais da cultura; 

Ø  O uso de sementes saudáveis; Ø A rotação com plantas não Solanáceas;  Ø A aplicação de cálcio ou marga no solo. 

No que diz respeito às doenças que a seguir se mencionam, recomenda-se aplicar as medidas gerais de controlo, discutidas ao começo deste capítulo 

 

6.3.5 Oídio (provocado por Leveillula taurica) 

Este tipo de míldio manifesta-se com manchas amarelas nas folhas e com pó, procedente dos esporos, no lado inferior das ditas manchas. 

Ao contrário dos outros tipos de míldio, os filamentos das hifas encontram-se completamente no interior das plantas. As plantas são infectadas através dos estomas e da superfície das folhas. A doença difundese rapidamente em condições secas. 

 

 

6.3.6 Antracnose (provocada por Colletotrichum coccodes) 

Os sintomas de uma infecção desta doença são manchas (pequenas amolgaduras) castanhocinzentas nos frutos e, num clima húmido, esporos de cor-de-salmão. A doença difundese rapidamente em condições climáticas húmidas e de altas temperaturas. A transmissão é efectuada de forma mais comum através de material vegetal infectado (particularmente dos frutos). Por conseguinte, as medidas no que diz respeito à higiene nos tratamentos culturais revestem-se de primordial importância. 

6.4 Outras causas da danificação de culturas 

As seguintes anomalias não são provocadas por insectos ou doenças mas, na maior parte, por deficiências nutricionais e condições climáticas desfavoráveis. 

6.4.1 Racha dos frutos 

A racha dos frutos implica a aparição de pequenos rasgões nos frutos (geralmente maduros) do tomate devido a grandes flutuações do teor de humidade do solo ou da temperatura e, por conseguinte, reduz-se a qualidade dos frutos. A susceptibilidade a estas flutuações depende da cultivar. Os rasgões também facilitam a entrada de pragas e doenças. 

Dois procedimentos preventivos são a cobertura do chão com uso de uma camada de mulch (cobertura morta) e a rega ligeira mas mais frequente; ou a recolha dos frutos mesmo antes de amadurecerem, deixando-os amadurecer num local fechado, seco (palha). 

6.4.2 Queima solar 

Nos frutos aparecem entalhes castanhos ou cinzentos. A parte dos frutos que está mais exposta ao sol apodrece mais rapidamente. Pode-se prevenir isto fornecendo mais sombra durante o amadurecimento dos frutos, através do plantio de árvores ou de uma cultura intercalar judiciosa. 

A queima solar ocorre mais frequentemente nos tomateiros não empados. 

 

 

 

6.4.3 Apodrecimento apical 

Esta doença é causada por deficiência de cálcio, que é, geralmente, o resultado duma quantidade excessiva de sal presente no solo, devido ao uso de água salina ou à rega com quantidades insuficientes de água durante a estação seca. A quantidade de sal presente no solo pode ser reduzida com uso de lavagens, quer dizer, uma ou mais aplicações abundantes de água de rega que não contém sal (normalmente durante a estação das chuvas) e sob condições de boa drenagem. 

6.5 Controlo de pragas e doenças 

Em casos de emergência também se podem controlar as pragas e doenças com uso de pesticidas sintéticos químicos ou alguns tipos de pesticidas naturais e por controlo biológico.  

Ter em conta que os pesticidas têm, geralmente, uma actividade específica, quer dizer, os insecticidas apenas exterminam insectos, mas não exterminam ácaros, doenças ou nemátodos. Os fungicidas apenas destroem fungos e algumas bactérias. 

 

6.5.1 Pesticidas químicos sintéticos 

Embora os ditos produtos sejam muito eficazes para controlar as pragas e doenças, também destroem os predadores naturais das pragas, causando um ressurgimento grave de alguma praga quando não são aplicados no momento e na forma adequados e com a dose apropriada por hectare.

Devido aos seus efeitos residuais, podem prejudicar, também, consumidores e o meioambiente e, por conseguinte, deverão ser aplicados judiciosamente e só em casos de emergência. Para limitar o uso de pesticidas químicos, recomenda-se aos agricultores que se atenham aos princípios do Maneio Integrado de Pragas (MIP).  

Um método simples de aumentar a eficácia dos fungicidas é a adição de 1 colher de sabão doméstico ao pulverizador de dorso. Devido à actividade do sabão, reduz-se a tensão da superfície de forma a que as pequenas gotas (gotículas) se tornam em camadas finas (películas). 

 

6.5.2 Pesticidas naturais 

Os pesticidas naturais são produtos como o piretro e o derris (rotenone). Denominam-se 

“naturais” visto que são recolhidos na vegetação natural. Estes insecticidas são conhecidos e usados desde tempos. A sua aplicação tem efeitos rápidos. Através da melhora das suas fórmulas, os investigadores químicos também aumentaram a sua eficácia. Para os inimigos naturais das pragas de culturas podem ser igualmente tóxicos como os pesticidas químicos sintéticos. 

Outros pesticidas naturais têm uma acção lenta, como seja o extracto de neem (amargoseira, Azadirachta indica). De facto, este tem um efeito mais repressivo do que controlador no que diz respeito às pragas. Actualmente, a sua fórmula e eficácia têm sido melhoradas também por empresas químicas. Contudo, os agricultores podem preparar eles próprios uma fórmula crua, visto que a árvore neem ou amargoseira (Azadirachta indica) é uma árvore comum nas regiões tropicais. 

Além destes pesticidas existem outras maneiras para suprimir o desenvolvimento de populações de pragas: como sejam pulverizar a cultura com urina de vaca, estrume de bovinos, alho e outros produtos. Contudo, estes produtos podem dificilmente ser denominados “pesticidas”. Não têm a eficácia e a acção rápida características dos compostos químicos sintéticos. Além disso, a sua preparação é, às vezes, laboriosa. Não obstante, tais formas de controlo de pragas são pouco nocivas para os predadores naturais, e mais seguras para o meio-ambiente e para os consumidores. Por causa dos efeitos laterais negativos dos pesticidas químicos sintéticos, recomenda-se o uso das formas supramencionadas de controlo de pragas, onde quer que seja possível. 

 

 

6.5.3 Maneiras de controlo do desenvolvimento de populações de insectos 

  

Solução de querosene e sabão: Esta solução ajuda a livrar a cultura de afídeos (pulgões), ácaros, tripés e mineiras das folhas.  

Aplicação: Dissolver 500 g de sabão em 4 litros de água a ferver. 

Depois, acrescentar 8 litros de querosene para preparar a emulsão. Pode-se fazer a emulsão batendo bem a mistura ou borrifando com o sabão no querosene (com uso duma bomba suficientemente potente, uma borrifadora para plantas). Ao final, deve-se obter uma mistura cremosa sem nenhuma aparência de uma camada oleosa no topo. Quando arrefecida, coagula numa massa espessa, macia.

Diluir a emulsão, 10 a 15 vezes, antes de usar. 

Solução de sabão: Esta é um bom remédio contra afídeos (pulgões) e tripés.  

Aplicação: Dissolver 30 cc de sabão líquido em 5 litros de água, sacudindo a mistura. Antes de pulverizar a cultura com esta solução, ensaiar a solução numa planta individual. Quando a concentração da solução é demasiadamente alta, aparecem manchas de queimadura na planta. Caso seja assim, dever-se-á diluir ainda mais. 

Urina de vaca: A urina de vaca mostrou ser eficaz para controlar afídeos, ácaros, tripés e outros insectos, e também contra o vírus do mosaico e fungos.  

Aplicação: Armazenar a urina, exposta ao sol, durante duas semanas. Deve-se diluir a urina 6 vezes antes de pulverizar. Ensaiar, primeiro, nas folhas e frutos das plantas e, se for necessário, diluir ainda mais. Se a aplicação é seguida por uma segunda, depois de 1 ou 2 semanas, o procedimento tem maior efeito. Pode-se aplicar como uma medida preventiva. 

 

 Estrume de vaca:  

A aplicabilidade de estrume de vaca como pesticida e fungicida contra pragas e doenças na cultura de tomate é similar à da urina de vaca. 

Aplicação: Meter 3 porções (bostas) de estrume de vaca num balde com água. Armazenar a mistura durante duas semanas, mexendo-a diariamente. Se o cheiro se tornar demasiadamente forte, poderá ser coberta com um pano, imobilizado com uso de pedras. A dita solução deverá ser diluída 3 a 5 vezes antes de pulverizar. Estrume procedente de outros animais pode ser usado de forma similar, mas ensaiar primeiro numa planta individual! 

Amargoseira (Neem) - Azadirachta indica (Melicaceae): A amargoseira é uma árvore de crescimento rápido, comum no Sudeste da Ásia, África e América Central. A árvore cresce em vários climas e tipos de solo. Dá frutos depois de 4 ou 5 anos (com uma quantidade média de 30 até 50 kg/árvore). As sementes contêm entre 35% até 45% de óleo. A amargoseira/margosa (neem) é eficaz contra todas as pragas discutidas neste livrinho e também contra os nemátodos. 

 

 

 

 

 

 

 

 

7. Medidas de prevenção 

 As seguintes medidas preventivas podem minimizar a ocorrência das doenças e facilitar seu controle:  

a) Na formação de mudas:   

Ø  Produzi-las em copinhos de papel jornal ou em bandejas de isopor;  

Ø  Usar sementes tratadas de firmas idôneas;  

Ø  Instalar a sementeira e o viveiro em local de boa exposição ao sol; 

Ø  Evitar alta densidade de plantas;  

Ø  Evitar excesso de adubo nitrogenado: não irrigar em excesso; e 

Ø  Eliminar plantas hospedeiras de pragas e doenças no canteiro e ao redor da sementeira e do viveiro. 

b) No campo:  

Ø  Escolher áreas que não tenham sido cultivadas nos últimos anos com solanáceas (batata, pimentão, berinjela, entre outras);   

Ø  Dar preferência a áreas anteriormente ocupadas com pastagem ou cultivadas com milho, arroz, trigo, cevada, sorgo ou cana-de-açúcar;  

Ø  Escolher áreas com boa exposição ao sol, de fácil drenagem e que não acumulem ar frio ou umidade em excesso;   

Ø  Evitar área cuja vegetação ou cultura anterior tenha sido atacada por nematoides, fungos ou bactérias do solo;   

Ø  Fazer aração profunda;   

Ø  Efetuar a correção e a adubação do solo de acordo com a análise do solo;   

Ø  Evitar o plantio em época chuvosa ou em períodos longos de temperaturas baixas; adotar de preferência a irrigação por sulco;  

Ø  Não utilizar água contaminada;  

Ø  Não irrigar em excesso;  

Ø  Evitar o plantio próximo de outras culturas de tomate ou de batata, principalmente se estas estiverem em fase mais avançada de crescimento;  

Ø  Eliminar restos culturais das proximidades da área cultivada;   

Ø  Aplicar fungicidas ou outros agroquímicos somente com orientação técnica.  

8. Colheita e Produção de Sementes  

É muito importante que a colheita seja feita no momento apropriado e que os frutos sejam tratados de forma adequada depois da colheita (tratamentos pós-colheita). O alto teor de água dos tomates torna-os susceptíveis a perdas pós-colheita. Os frutos demasiadamente maduros são facilmente danificados ou começam a apodrecer.  

A primeira medida de forma a reduzir o nível dos danos pós-colheita é efectuar a colheita no momento apropriado. Será necessário repetir a colheita por várias vezes visto que nem todos os frutos dos tomateiros amadurecem no mesmo momento. A primeira colheita dos tomates pode ser efectuada entre 3 a 4 meses depois da sementeira. A colheita continua durante, aproximadamente, um mês dependendo do clima, de doenças e pragas e da cultivar plantada.

No decorrer dum período de cultivo dever-se-á colher os tomates entre 4 até 15 vezes. 

Os frutos do tomate de boa qualidade são firmes e de cor uniforme. Caso os tomates sejam usados para a produção de, por exemplo, molho de tomate (ketchup), conserva de origem indiana (chutney), puré ou sumo, os frutos devem ser colhidos quando estão vermelhos e completamente maduros. Caso os tomates sejam vendidos como legumes no mercado, podem ser colhidos ainda verdes. Os tomates verdes podem amadurecer depois da colheita, até se tornarem vermelhos. 

A presença de alguns tomates vermelhos, maduros, acelerará o processo de amadurecimento. Uma desvantagem da colheita temporã é que estes tomates têm um valor nutritivo mais baixo do que os tomates maduros. Uma vantagem é que há menor probabilidade de que os tomates verdes sejam danificados ou apodreçam. 

 

 

 

 

 

A fim de se manter uma qualidade alta e garantir uma boa colheita, podem-se seguir algumas regras práticas e simples, durante a colheita: 

v Os trabalhadores de colheita têm que saber quais são os tomates a ser colhidos e qual será o seu uso. 

v A colheita deve ser efectuada em condições climáticas secas e frescas, portanto, de manhã cedo. 

v Devem-se colher os tomates com mãos limpas. Torcer suavemente o fruto até se soltar da planta e ter cuidado para não os apertar ou danificar com as unhas. 

v Devem-se colocar suavemente os tomates no recipiente, não os deitar nem deixar cair. 

v Os recipientes devem ser sacos limpos, feitos de redes de nylon, baldes de plástico, caixotes de madeira ou de plástico. 

v Os recipientes da recolha não devem nunca ser enchidos de forma excessiva. 

v Os recipientes pequenos para a recolha, usados pelos colhedores, devem ser esvaziados em recipientes maiores no campo. Os recipientes grandes devem ser largos, pouco profundos e fáceis de empilhar para prevenir que o peso se torne excessivo. 

v Os recipientes grandes devem ser mantidos limpos e na sombra. 

v Durante esta operação, os tomates devem ser colocados suavemente nos recipientes grandes e não se deve nunca colocar demasiados tomates, uns em cima dos outros. 

 

 

 

 

 

 

Em anexo o plano ainda em processo de Compilagem.  

            Preparação do Solo   

 

Material  

Função 

            Obtenção  

 

Compra  

Empréstimo  

Aluguer  

Gadanha/Catana 

Remove capim  

 

 

 

 

para facilitar a lavoura.  

X 

X 

 

Tractor  

Faz a lavoura,  

 

 

 

 

gradegem, parcelamento e sulcagem.   

X 

 

X 

Enxadas  

Faz a sacha,  

 

 

 

 

incorporação de adubos, assim como a amontoa.  

X 

 

 

Ancinhos  

Incorporação de  

 

 

 

 

Adubos, remoção de cobertura morta e nivelamento do solo.  

X 

 

 

Pás  

Abrir regadeiras  

 

 

 

 

e nivelamento do solo.  

X 

 

 

Estacas  

Usadas para  

 

 

 

 

tuturamento.  

X 

 

 

Fios  

Construção da cerca e para tuturamento.  

X 

 

 

Fita métrica 

Medir  

              

 

 

 

espaçamento  

entre fileiras e plantas.  

            X 

X 

 

Bitolas 

Medir  

 

 

 

 

espaçamento  

entre fileiras e plantas   

X 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Produção    

 

 

Material  

Função  

 

Obtenção  

 

Compra  

Empréstimo  

Aluguer  

Estacas  

Para abertura de  

 

 

 

 

covas de plântulas durante o transplante.  

X 

 

 

Pulverizador  

Pulverizar as plantas.  

X 

X 

X 

Alicate de Poda 

Para podar.  

X 

 

 

Enxadas 

Sacha.  

            X 

 

 

Pás  

Abertura de regadeiras.  

X 

 

 

Tambor  

Mistura de pesticidas.   

 

X 

X 

 

Col heita  

 

 

 

Material  

Função  

 

Obtenção  

 

Compra  

Empréstimo  

Aluguer  

Caixas  

Armazenar o  

 

 

 

 

produto.  

 

X 

X 

Carro  

Carregar o  

 

 

 

 

produto até mercado.  

 

X 

X 

Bacias 

Para lavar o produto   

X 

X 

X 

Panos  

Para limpar o  

 

 

 

 

produto depois da lavagem  

X 

 

 

             

Co mercialização  

 

             

Material  

Função  

 

Obtenção     

Compra  

Empréstimo  

Aluguer  

Carro  

Para transportar  

 

 

 

 

o produto até local de venda.  

 

X 

X 

 

Caixas  

Armazenar o produto.  

 

X 

X 

Caderno e caneta  

Para registrar-se o numero de caixas vendidas  

 

 

 

 

 

 

e os que sobraram, o preço de venda do mercado do dia, a quantidade o produto passado.  

X 

 

 

                          

                Insumos  

 

 

Adubos/Fertilizante  

Fase de Aplicação   

Função 

NPK 

Preparação do solo, floração e três semanas antes da frutificação.  

Agente corretivo do solo, aplicação dele garante um solo rico em nitrogênio, fosfato e Potássio, isso auxilia no crescimento das culturas.  

Ureia 

  

  

Gesso 

  

  

Estrato            de             porco, gado, cabrito. 

Viável quando se aplica antes da gradagem,   

Excita o solo, aumentando de forma quantitativa as nutrientes essências para o crescimento das culturas.  

Calcário 

Na preparação do solo.  

Aumenta cálcio.  

Composto Orgânico  

Antes da gradagem para que possa se misturar com o solo,  

Rico em nutrientes essências para o desenvolvimento da cultura (cálcio, fosfato, potássio).  

Casca de ovo, leite em pó, estrume de galinha, cinza de madeira, 

Na preparação de solo, quando vista sintomas de falta de cálcio nas culturas.  

Ricos em Cálcio  

Casca de banana. 

Período de crescimento da cultura, floração.  

Rico em Potássio  

Borra de café. 

Período de crescimento da cultura, floração.  

Rico em Nitrogênio, cálcio, carbono.  

Vermicomposto 

Na preparação do solo antes de  

 

 

transplante ou plantio direto, na floração e frutificação.  

É em composto orgânico rico em nutrientes (macronutrientes e micronutrientes) e auxilia no crescimento das plantas. Não se difere tanto de composto orgânico.  

  

  

  

  

  

  

  

  

  

  

  

  

  

  

  

  

  

  

  

  

  

  

 

 

  

Pesticidas  

  

Fase  

  

Função  

Inseticidas  

Quanto se vista o aparecimento de insectos, não importa a fase, mas a pulverização com esse produto tem que ser no máximo três semanas antes da colheita.   

Produto químico usado para combater insectos,  

Herbicidas 

Quando vista o aparecimento de ervas daninhas,  

Produto que elimina ervas daninhas,  

Fungicidas  

Quando se vista aparecimento de fungos, no máximo três semanas antes da colheita.  

Contra fungos,  

Bactericida 

Quando se vista aparecimento de fungos, no máximo três semanas antes da colheita.  

No combate a bactérias,  

Solução de querosene 

Quando vista o aparecimento de mosca branca.  

Solução de querosene controla a mosca branca.  

  

Solução de sabão  

Quando vista o aparecimento de mosca branca, tripés, borboletas ácaros e pulgões.  

Contra pulgões, tripés, borboletas ácaros e mosca branca.  

Canela, leite em pó ou condensado, sabão liquido, álcool, vinagre, urina de gado, alho, limão, amargosa, folhas de papeira, erva cavalinha (ação fungicida). 

Duas semanas depois da sementeira de viveiros e uma semana antes do transplante, no caso de tomate basta chover, no dia seguinte tem que se fazer a pulverização com esses produtos/ ingredientes, também na frutificação duas semanas antes da colheita.  

Combate a insectos, bactérias, fungos,  

Amargosa é uma planta venenosa usada na agricultura na eliminação de qualquer insecto existente no solo.  


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