PrejuÃzos causados pela chuva na produção de tomate
No perÃodo chuvoso as perdas nas lavouras de
tomate podem atingir entre 70-100% devido ao aumento da severidade de doenças,
incidência de rachaduras, redução na disponibilidade de pólen, queda prematura
e abortamento de flores e redução no número de frutos. Durante perÃodos de
elevada precipitação pluviométrica, o encharcamento mais prolongado do solo
prejudica o crescimento radicular e, consequentemente, o desenvolvimento das
plantas com reflexo na produção. Portanto, durante o perÃodo chuvoso de verão,
é fundamental que o produtor de tomate adote, de maneira integrada, uma série
de medidas que previnam os impactos negativos na produção, incluindo o manejo
cultural bem como o uso de variedades mais rústicas.
Efeito da chuva na ocorrência de doenças bacterianas
Os
prejuÃzos causados pelas doenças bacterianas no tomateiro são mais acentuados
no perÃodo chuvoso, sendo comum o relato de perdas de até 100%. A incidência de
doenças bacterianas é maior em perÃodos quentes e chuvosos porque estes
patógenos são dependentes de água livre durante os processos de penetração,
colonização, infecção e disseminação. A penetração de bactérias nos tecidos
vegetais ocorre por meio de aberturas naturais (estômatos e hidatódios) e/ou
ferimentos. No entanto, para que isso ocorra é necessário que haja um filme
d'água entre o ambiente externo e o interno que funcione como um carreador de
células bacterianas. Após a colonização e infecção, processos geralmente
favorecidos por temperaturas mais elevadas (>28oC), células bacterianas
produzidas nos espaços intercelulares alcançam a superfÃcie por meio destas
aberturas naturais dos tecidos vegetais e são disseminadas via respingos d´Ã¡gua
e aerossóis (partÃculas de água carreadas pelo vento). Esta dispersão ocorre de
maneira mais eficiente em perÃodos chuvosos. Entre as principais doenças
bacterianas foliares do tomateiro cita-se a mancha-bacteriana causada por
espécies de Xanthomonas e a pinta-bacteriana causada por Pseudomonas syringae.
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